quinta-feira, 23 de julho de 2009

A TRILOGIA DO RISO!


Primeiro Riso-I

Três dentinhos na frente..

Com uma janelinha de ver nuvem.

Na goela se pendurou um sino.

Que gargalha a chamar a vaquinha que rumina.

NA gengiva vermelha.

Sete notas, de Dó chama a si.

Ré moeu no sustenido para LÀ fazer um passivo passinho de passarinho de ca para lá duplo.

E MI im se debruçou aberta nú(m) cantinho do SOL

Fá...zen o que da nota de equilíbrio?

Os lábios racham.

Ao se abrirem.

De um musical escuro.

E mudo...mudo.

Mas de mudo o mundo se abre.

E já nem mais janela segura.

Acima.

A “comple nitude” do sorriso.

E um vestígio de choro de placenta.


Meio Riso-II

Vinte e três dentes.

Retos, formam uma estrada bucal.

Lustrosos.

Abertas um dia, e esquecida de se fechar.

No rosto um largo rasgo.

Brota dentes de rodas a r rotas e direções.

Pintou alguns brancos.

Cera e pasta escorregam.

A linha invisível ,costurou lábio com lábio.

Hálito semi virginal.

Com um traço fino de palito e nylon.

Um pingo de chuva tinta.

Caiu nos olhos raso.

E aberta se arrastou,expansão cortando em uma queda.

Estrondo e tilintar de autos.

Quebra.

Silencio.

Sozinho.

Descobriu o eco do verbo.

Que sorria alto de fato.

Aberto, passional, inundado e claro.


Ultimo Riso-III

Duras pérolas.

Terra e sol.

De por já se foi.

Mar arrebenta de caos.

Finas bocarras.

...Não flutuam nessa água(não mais)

Afundam sem se aprofundar.

Fadiga na saliva.

- Que pinga agridoce!

Que dedos assados.

Traços...tratados calos cacos marcados.

Eca! “trololó.”

Amargo.

A espuma ainda jorra.

Na mesma e idosa margem.

Arrebentada.

O gosto insiste.

Persiste.. a permanência.

Aquele e esse.ali fala do qual?

De tudo igual.

Até essa imagem. espelho enferrujado.

Passou-se esponja de aço.

Na visão opaca.

Refletiu o som.

Eco de imagens.

Não vindas, ou vividas.

E a vida se reverte.

E de novo.. a pele enrugada desmaia.

No gozo primordial.

Esquece.

Desmaia.

Ama.Delira.

Dentro avesso e afora.

Então o riso de infinito.

Tres dentinhos, uma estrada e uma portinhola arreganhada para as estrelas.

Um comentário:

  1. quando o riso descobre o si bemol, é porque o riso pode se tornar sarcástico

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