Primeiro Riso-I
Três dentinhos na frente..
Com uma janelinha de ver nuvem.
Na goela se pendurou um sino.
Que gargalha a chamar a vaquinha que rumina.
NA gengiva vermelha.
Sete notas, de Dó chama a si.
Ré moeu no sustenido para LÀ fazer um passivo passinho de passarinho de ca para lá duplo.
E MI im se debruçou aberta nú(m) cantinho do SOL
Fá...zen o que da nota de equilíbrio?
Os lábios racham.
Ao se abrirem.
De um musical escuro.
E mudo...mudo.
Mas de mudo o mundo se abre.
E já nem mais janela segura.
Acima.
A “comple nitude” do sorriso.
E um vestígio de choro de placenta.
Vinte e três dentes.
Retos, formam uma estrada bucal.
Lustrosos.
Abertas um dia, e esquecida de se fechar.
No rosto um largo rasgo.
Brota dentes de rodas a r rotas e direções.
Pintou alguns brancos.
Cera e pasta escorregam.
A linha invisível ,costurou lábio com lábio.
Hálito semi virginal.
Com um traço fino de palito e nylon.
Um pingo de chuva tinta.
Caiu nos olhos raso.
E aberta se arrastou,expansão cortando em uma queda.
Estrondo e tilintar de autos.
Quebra.
Silencio.
Sozinho.
Descobriu o eco do verbo.
Que sorria alto de fato.
Aberto, passional, inundado e claro.
Ultimo Riso-III
Duras pérolas.
Terra e sol.
De por já se foi.
Mar arrebenta de caos.
Finas bocarras.
...Não flutuam nessa água(não mais)
Afundam sem se aprofundar.
Fadiga na saliva.
- Que pinga agridoce!
Que dedos assados.
Traços...tratados calos cacos marcados.
Eca! “trololó.”
Amargo.
A espuma ainda jorra.
Na mesma e idosa margem.
Arrebentada.
O gosto insiste.
Persiste.. a permanência.
Aquele e esse.ali fala do qual?
De tudo igual.
Até essa imagem. espelho enferrujado.
Passou-se esponja de aço.
Na visão opaca.
Refletiu o som.
Eco de imagens.
Não vindas, ou vividas.
E a vida se reverte.
E de novo.. a pele enrugada desmaia.
No gozo primordial.
Esquece.
Desmaia.
Ama.Delira.
Dentro avesso e afora.
Então o riso de infinito.
Tres dentinhos, uma estrada e uma portinhola arreganhada para as estrelas.
quando o riso descobre o si bemol, é porque o riso pode se tornar sarcástico
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