sábado, 27 de setembro de 2014

Raul seixas.

E depois de um tempo, acordo e sinto a coragem maior de enfiar a mão na parte que dói e enfim, ouvir raulzito como se deve.

Obs: BOM DIA SOL!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A largar

E se eu largasse as mãos da pena?
das perdas e do espaço?
e se eu largasse o posto na qual me desencontro?
Largasse as roupas na matriz da dúvida
e deixasse ser meu corpo vento
rodopiando sem vigias por ai...
sem vigas, transcender até o porto imaginário
e assoprar com força todos os mals porques,
Hoje sinto que poderia escrever um poema belo
feito de tudo que não seja o certo do que sou
Um poema belo de chuva, noite e solidão
e da carne que se impõe altiva
arrastando o espirito a somar seus ditos,
no seu vocábulo nada sereno
tempestuoso sim, e arredio!
como caninos a romper coleiras,
trazendo a tona, toda surpresa
que aperta meu peito.



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Vento.

o tempo é o vento
arruinando minhas dunas
desenhando arabescos em minhas poerias
minhas areias, minhas horas
me recriando, dando veias novas
aos meus mares
ligando as nuvens
formando paisagens
deformando então
os ares antigos do meu pulmão,
leve
e revolucionante,
Vento espirito quente
vindo do leste
e quando penso ancorar
o sol poente em meu peito
a frente fria faz contraste,
amplia as certezas
modifica a correnteza,
o tempo é o sussurro continuo
que só é constante em mudar.