terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Clara I.

Dos cacos sobrepostos no travesseiro, ela devaneia, cria piramides e junta mistérios, prega toda estripulia de belas palavras, abraça todo o  pó de estrela e de flores que lhe cabe, amanhece lírios, remói beijos, prega com cálida fé resposta doces, tão doces como abelhas a fazer mel.
Ela repousa nos cacos e no caos imaginário onde vivem as outras respostas,essas ela aponta para o fim das portas, tão fechadas em si mesma, ataca a feiura com uma proeza de vilã, só que as avessas, já não se imagina a mocinha da história, mas ainda se permite a bipolaridade humana, não claramente...só as escondidas, ao longe cantam sinceros sábias e ela recorre ao sopro dos seus lábios para outra conversa fantastica.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Tudo que se abre em meus lábios carrega o "mas", são tantos poréns para desentortar essa arvore de caatinga que carrego. 

É só carne, carne, sangue e certo estupor. Carne, tempo e terra. É vermelho não mesclado, é cru quando não á sol, e quando ele vem é dia e assim corre o tempo, errado, não corre, o tempo divaga o resto são nossos pensamentos de reticências embarcando ritmo para corromper o acaso.
É tudo carne e acolá alguma flor, que não é carne e sim caule e seiva.De resto somos nós, meio ordenados e um assombro de animal calado que brinca com as pedrinhas manso e domado nas águas amortecidas, de fato ele salta bestial e rancoroso com a palmada da negação ou se desfaz em promessas brilhantes e apontamentos estelares quando recebe o afago tão contido da vida, mas de resto afirmo, é carne.