sábado, 25 de outubro de 2014

Aos 28.

Eu queria um canto de silencio,
um espaço entre as folhas
me refazer na terra,
me brotar de novo,
aos vinte o oito o peso suaviza
eis a tensão que se dispersa
chama lento,
abaixa o tom
tem meia asa.
mas mais que uma asa inteira
porque tem o espirito de vento que impulsiona
a direção, ainda não sei ao certo,
mas me aninho nos meus sonhos
que não me iludem,
mas me encantam
para o agora, para o depois...
Por certo que o Amor falhou
e as nuvens antes de forma
viraram água nos meus olhos,
por certo que cravei meu ditado
como coro abençoado para não cair,
Aos vinte o oito sou mais inteira
e a solidão é só um sinal
dizendo que posso ir por aqui ou ali.
O sol já não é pintura
pesa estrela do dia na minha cabeça
e me esquenta a Alma
não amanheço,
sou meio dia.