quarta-feira, 24 de julho de 2013

O tempo e os olhos.

Tempo me dê olhos
Antes do assombro final
Daquele ponto no percurso
Em que ponteiro se lembra
Que no peito ainda és pó.
(...)
E nesses olhos amansa
A crueza do efêmero
E traz para si o gosto
De estar vivo perante as estrelas
As matas arredias
 e aos olhos de quem amo
Despida em frio e gozo
Humana supondo-se

Eterna no fluxo vital da Unidade.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mares.

As vezes eu encontro os mares
no silêncio tardio em mim
ondas rebeldes que se dissolvem efemeras e poéticas
em gostos brancos na areia,
areia, areia infinda da minha Alma
que te chama no oceano sem fronteiras de tempo...
é lágrima, é mar é fome do que é honesto...
é vela florida no vento... pedindo para voltar.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Atacado.

Existem milhões de coisas no mundo
milhões de coisas que não me interessam
mas o mundo em si me instiga
e o porque com tanta vida importante
nos desviamos com tantas coisas:
Quinquilharias vazias, estéticas e modais.
Me deixa louca de curiosidade,
afinal, todo esse lixo ta escondendo o que?
Deve ser algo raro para dissimularem
com tanto tempo e zelo
numa camada grotesca
(mas resistente)
de superficialidades funcionais.