quarta-feira, 28 de março de 2012

Água.




"Entrego, Confio, Aceito e Agradeço."

terça-feira, 27 de março de 2012

Desapego.

Onde está o chão? pergunto olhando para minha toca.
(Silêncio)

Levanto, e vou caminhando... deve ser um passo gasoso esse o meu.

domingo, 25 de março de 2012

Peso.

Pesado é foice, quando cai no galho ralo.
Folha quando o inseto carrega é peso.
Peso é quando se tem sede no rio.
Riso é pesado quando olha para os ossos.
Ossos são pouco peso sem carne.
Carne sem alma é sem peso.
Pesado é verdade sem reticências.
Reticências se torna peso quando é morte.
Morte sem símbolo virá peso.
Ignorância é leveza ignorada.
Leveza é sensibilidade livre com:
Sorriso,
Beijos,
E banho de chuva.

Confiança.



(Foto:Alberto Kirilauskas.)

"Depois de várias tempestades e naufrágios, o que fica em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro."

(Caio Fernando Abreu
)


Quando a palavra ganhar forma
já terá deformado o desejo.
E quando o desejo ganhar asas
já terá partido o coração.
E quando o silêncio ressaltar
o salto já será inevitável.
Palavra de mar, música de água
tempo de vento...
Contínuo é o tom
ressoa ainda que em eco
e na pele escreve uma história,
cheia de sonhos
de penas
de cores,
de belas lágrimas.
Aponta a direção,
e arrastada pela natureza
a essência exprimida
entre as mãos que deveriam se unir
vai gotejando,criando um caminho
líquido que evapora
no sol... no sumo
no suor do tempo
no dia que amanhece e dorme...
Dorme e acorda com nossos olhos
cheio de passos dados,
cheio de poesia rara,
apertado entre a realidade
e o sonho...
Dancemos com a solidão
que um dia a de se mostrar inteira.

Creio. (Repetindo)

Não presta o vocábulo
Nem suas virtudes em fileira
O amor meu bem não as quer!
Não mostre seu álbum de retrato
Nem seu espelho estimado
Nem sua coleira;
Nem sua cólera.
O amor brilha quando bate sol na saliva
E basta!

Relato.


(Foto:Alberto Kirilauskas)

A primeira poesia que fiz:
Foi sentada na perua do meu pai, e era sobre o céu e o inferno.E eu me lembro mais ainda da sensação melancólica que me derreteu naquele dia, enquanto meus irmãos brincavam lá fora. Foi um desgaste e depois foi um prazer. Devo ter descido por minhas palavras frágeis e sem rima para o subterrâneo das coisas que não entendo e ter retornado com um pedaço de papel daquele canto era como beber água da minha fonte e isso era quase um vôo.

Verdade:

" A UNICA PERFEIÇÃO É A ALEGRIA"

(Lou Andreas Salomé)

"Mas muito cuidado...não vale chorar"

O que eu sou:
Nem mente, nem senti;
Intui e desenha.
Cega e tateia
inspira e delira
Apoia-se na ideia
e constrói a razão
ainda que oposto;
vive em si
tão dentro que a pele
arrepia com a voz
e destina ao dia,
um todo mundo
que implodindo explica:
Delicadeza é rastro,
vermelho é marco
e o essencial é o sabor.
(ou o saber?)

sexta-feira, 2 de março de 2012

Aberto.

O passo cambaleia por certo, isso aos olhos do concreto. Para dança o ritmo vai leve e o vento agradece a solta palavra que partiu dos poros, carregando vestígios de Alma sem limite e trazendo a tona o humano empoeirado, mas crescido em verdade. Cheio de suas asas variadas, uma parte de liberdade a outra de sonoridade estranha e murmurante para o vocabulo usado, um traço de tempestade e outro de águarias indico claro. Voa e nem sabe. Chove e inunda a Vida de sentido.Toda águada de Alegria, esquece o rumo dos passos e caminha.

Fechado.

A nudez que feri é o escambo da palavra rala ao silêncio farto. Assim são os dias quando se perde sensatamente o caminho de casa... as portas se abrem e tudo se oferece, barato sonho para um acolhimento infinito. Quieto. Sóbrio. Isolado teu corpo de sentido, impõe-lhe a direção destinada... pela mão suprema do desejo enlatado. Comprar um passo adiante é mais fácil que criar uma estrada... e as vezes não se sabe ao certo o risco mal acabado pela pressa... de descansar a mente e a Alma sedente de ilimites porém vazia de impulsos.