terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Homem de meia idade.

Poucas coisas tem me cansado tanto quando o homem de meio idade cheio de certezas, aquele que dá carteirada do tempo para suplantar sua ignorância e o faz pedindo o silêncio respeitoso, como se a ele fosse dado pela vida o caminho da sabedoria, mas bem sei que não.
Aquele tipo que cresce subjulgando as mulheres, que arrota brutas verdades a torto e a direita, mas nunca brota de si uma auto critica. Aquele tipo bem gasto de ofertar culpa para todos, menos para si, que faz piada sem graça e se molha de rir. Cheio de teias preconceituosas, de certezas fingidas de boa vontade que na verdade só estampam sua pobreza de coragem.
Ele sabe o que é Deus, o Amor, e a Verdade, sem pestanejar. SAbe o que é melhor para todos, menos o que é util para ele ter uma vida mais cheia de proposito que lhe traria uma capacidade real de cuidar dos seus próprios dias. Enquanto isso, vive rigido, carapaça morbida que estrala na primeira lágrima verdadeira que um dia, espero cair.

domingo, 27 de janeiro de 2019

Ode a ignorância

Tempo de desgaste da razão
o osso exposto
raspado até o fim
no ultimo suspiro lúcido
calado pelo grito acre
estupido
másculo
cagado no sentido
de sensibilidade
tempo de cegueira robusta
aguda
afirma e ataca
não pensa
reage ao chicote
do sonho fingido dos vencedores


sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Socialmente.

No gatilho a palavra mal dita,
a mira é o susto que deixo
caído no acaso
da minhas suposições pueris
Seu grito é masculino
e me desce seco
como um asco
como um arco
amparado pela estupidez
Ele clama por respeito
Pontua com sua razão
Esbraveja ensebando seu escroto
em cada silaba
Goza de poder
Falho, falo pequeno
perante a crueza do mundo
Mas, se vê grande
cresce na distração
Empurra em minha goela
Mulher homem sua fúria
não animal.

Percebo: Hora de afiar os dentes.