Eu poderia não suportar as amarras, arrasar o muro com o dilacerante sim do meu coração, grito inundante de tudo que não sou , eu poderia debruçar os meus ardis no fogo dos meus olhos e vê-los gozar em chamas até desistirem de ser e serem em mim só sombra esquivada dos meus desejos.Eu poderia apaziguar meus demônios do excesso dando-lhe apenas algumas lágrimas vencidas, embebedando assim seu Ego e constranger sua violência a apenas um suspiro de penumbra.
Mas não o faço, queimo junto, abro meu coração para a tempestade e ela vive em mim, como se o céu de chumbo que hoje reina fosse seu lar e nos meus olhos o desejo de esbanjar o Amor vai descamando todos meus pensamentos, vai condensando cada respiração para um núcleo que tem o meu nome, mas ecoa o dele.
Esse núcleo se derrama por minhas horas, numa tensão torpe de quem respira e chama e na ânsia de fazer ambos cambaleia, e vislumbra a realidade da inerente mãos dadas e a respiração unida, como se a vida do outro não se limitasse ao seu corpo, transferisse, morresse vento nos pulmões daquele que cede a si de forma desnuda.
O ponto que falo é completo e carrega em si todo seu oposto, o rancor e a doçura, de ter seu peito rasgado e reconstruído.
segunda-feira, 29 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
Brincando com o Jung.
O tesão também vem do espaço,
Deus vem prosear nos sonhos,
Sincronicidade é a caderneta do acaso,
Inconsciente Coletivo é o rebanho dos átomos,
As paixões são o recreio da loucura,
O só falo do Freud de fato é falho,
As mães nem sempre tem culpa,
A anima boa aninha a testosterona,
a má virá mijão de condomínio,
O animus bom empurra os seios para a aventura
o ruim amputa as flores e faz barraco no murro,
A de se ter um que de ciência nos astros,
E individuação não é fazer piruetas no seu próprio umbigo.
Razão.
Me deste a delicadeza do teu pensamento numérico
e me cobraste em troca a resposta lógica do meu coração
Me deste sua argumentação de certezas
e me pediste que encarcerasse minhas duvidas no porão.
Me deste um apoio concreto
e quiseste apagar as nuvens dos meus pés.
Me deste uma solução
e me impuseste minha dissolução em ti...
Me encontraste é certo, rasteira
puro vermelho no chão
sem atentar as linhas
e a margem da coerência
me deste o acolhimento frio
de quem não contesta,
mas tem no tom o passado
de teorias, que contrasta
ao grito tórrido da minha voz gutural.
e me cobraste em troca a resposta lógica do meu coração
Me deste sua argumentação de certezas
e me pediste que encarcerasse minhas duvidas no porão.
Me deste um apoio concreto
e quiseste apagar as nuvens dos meus pés.
Me deste uma solução
e me impuseste minha dissolução em ti...
Me encontraste é certo, rasteira
puro vermelho no chão
sem atentar as linhas
e a margem da coerência
me deste o acolhimento frio
de quem não contesta,
mas tem no tom o passado
de teorias, que contrasta
ao grito tórrido da minha voz gutural.
Poesia do Hoje.
Hoje eu vou queimar as palavras em mim
E nada sobrará para amanhã
Nem o silêncio.
Minguar e crescer,
tomar o pó lirico
com água
e apoiar na boca
Toda a verdade
do meu sangue.
E nada sobrará para amanhã
Nem o silêncio.
Minguar e crescer,
tomar o pó lirico
com água
e apoiar na boca
Toda a verdade
do meu sangue.
Um Gosto.
Assumo o gosto arredio do momento
Ocre, acre, oco...
Asco e soco
Aceito e engulo
Atenta ao sumo
do meu sangue
que dilui,
em fino forte e vermelho
Ao suco salgado
e marrom que desce
quente e me esquece
o frio da espinha
percorrido pelos peixes
dos meus obscuros
poros.
Encaro a ancora
de cada paladar
das minhas ações
e ansio a ansia
de não prever
um querer a mais...
Pressiono meus dedos
no corpo que quer,
reverter todo amargo
que me ingeri a Vida.
Ocre, acre, oco...
Asco e soco
Aceito e engulo
Atenta ao sumo
do meu sangue
que dilui,
em fino forte e vermelho
Ao suco salgado
e marrom que desce
quente e me esquece
o frio da espinha
percorrido pelos peixes
dos meus obscuros
poros.
Encaro a ancora
de cada paladar
das minhas ações
e ansio a ansia
de não prever
um querer a mais...
Pressiono meus dedos
no corpo que quer,
reverter todo amargo
que me ingeri a Vida.
Rachmaninoff.
Teu passional assusta
Pressiona meu susto a se dissolver
Perambula pelos meus nervos
os trovões ligeiros,
Dando alivio a tensão da luz.
Pressiona meu susto a se dissolver
Perambula pelos meus nervos
os trovões ligeiros,
Dando alivio a tensão da luz.
Liberdade.
O arco entre o espaço e teu corpo
a tua palavra e o silêncio do outro...
A Liberdade não é invasão nem inocência...
é a malacia propositada,
Mais que a ação
e o direito
É opção de assumir o arbítrio
e a consequência.
a tua palavra e o silêncio do outro...
A Liberdade não é invasão nem inocência...
é a malacia propositada,
Mais que a ação
e o direito
É opção de assumir o arbítrio
e a consequência.
Eu.
Recuso
a loucura a um passo de mim
Cedo sua
dança a minha sombra
E corro
para o espaço que
Encerra-se
o Sol
Sal
de mim empurra-me para ti
Contraste
do desejo e paz,
E da
minha fúria pelo próprio rodopio
Falho,
do meu coração.
Recuso
a loucura a dois passos de mim
Como quem
atravessa para si
As
mãos em direção aos cabelos
E se
acaricia na noite,
E no
ventre apoia sua força
Cheia
de saliva e solidão.
Reabro-me
então,
Constelação
rarefeita de soluços
E estrelas
que caminham a cadência
E a
boca que soletra um pedido...
Pureza;
Reclama
o corpo e clama
Por uma
direção aos poros
Mais claros
aos lábios mais
Entrelaçados
em silêncio...
O
corpo que pedi por certo gemi
E desapega
das certezas
E dos
limites do que é carnal
Chama
de Adeus seu riso
E engoli
as partes acidas do seu coração.
Quer
renascer.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Nenúfar.
Me encontraste assim nua, no tempo da palavra crua, onde as nuvens pousavam ainda seu existir de água clara, bruma branca, filha de paloma, nesse espaço onde tudo me parecia Ser um plenamente Tua. Me acertaste com concreto em flecha, sua palavra de tom suave e apontamento ao que me feri os olhos baixos, menina tímida e arisca acostumada a estar lânguida pelos regaços de si mesma, deixando a espessura exata do teu sorriso para atravessar as pontes dos corpos.
Tempo;
Temo que passaste depressa nesses anos dos meus olhares, que agora são tão calados.
Me reencontraste um pouco mais mulher, no tempo polido de estar, um tanto mais paupavel, nuvens desaguada desencontrada ainda entre os ares e a terra, desconfortável com meus seios e o peso dos passos por outros almejado. Me reencontraste trazendo no seu tom, meu canto de Alegria e liberdade e o gozo de flor madura tem por destino virar fruta, doce e não travada entre as línguas que ferem, por citar aos ouvidos a existência de outras e a resposta rouca da desistência. Ela deveria alimentar.
Alma;
Almejaste o oposto para ambos, era o tempo do eterno que embalava os meus cantos.
Me reencontraras amanhã, creio que em tempo rígido de certezas, me reencontraras e desviara os olhos para si, descontente do passado e do presente que me cabe. Anseio-me entregue aos sons do espaço, e madura agora fruta caída em sementes entregue também as nossas águas que fluirão. Um.
http://www.youtube.com/watch?v=-_Y2jfK06pY
Tempo;
Temo que passaste depressa nesses anos dos meus olhares, que agora são tão calados.
Me reencontraste um pouco mais mulher, no tempo polido de estar, um tanto mais paupavel, nuvens desaguada desencontrada ainda entre os ares e a terra, desconfortável com meus seios e o peso dos passos por outros almejado. Me reencontraste trazendo no seu tom, meu canto de Alegria e liberdade e o gozo de flor madura tem por destino virar fruta, doce e não travada entre as línguas que ferem, por citar aos ouvidos a existência de outras e a resposta rouca da desistência. Ela deveria alimentar.
Alma;
Almejaste o oposto para ambos, era o tempo do eterno que embalava os meus cantos.
Me reencontraras amanhã, creio que em tempo rígido de certezas, me reencontraras e desviara os olhos para si, descontente do passado e do presente que me cabe. Anseio-me entregue aos sons do espaço, e madura agora fruta caída em sementes entregue também as nossas águas que fluirão. Um.
http://www.youtube.com/watch?v=-_Y2jfK06pY
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Suposto.
Sabe o que é um corpo
Sólido, liquefazendo em vexames
E enxames de lanças de si para si?
Aposto um acorde dourado
Por seu sorriso
Que não suporta
O peso da agulha
Apontada na direção oposta
Da busola...
Do meu coração enroscado
Em todos os opostos
Enraizados da minha mente
Aguda, águada...
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