quinta-feira, 2 de agosto de 2018

De manhã

Uma maricata bebeu água na ultima folha de bananeira
onde a chuva fez uma posa nas alturas
e um pássaro azulado
comeu as pequenas frutas
em frente da minha janela
as gotas enfrentando o tempo
pendem sem pressa nas bordas das arvores
embora a chuva já tenha cessado
e um céu leve e azulado
vai traçando o céu
entre a obediencia do inverno
cada vida é completa
e por um momento eu também
na solidão a unica coisa que resiste
são os dialogos imaginarios que traço
e tento calar
e aceitar
o presente
o silêncio
e a realidade que vivo sem ser observada
sem o outro
sem as palavras
sem a descrição
então,
porque escrevo?