terça-feira, 28 de julho de 2009
Uma Lei.
Entre as pernas do próximo
E as suas retardam
Pronto para queda.
O choro contorce a seriedade
Do trabalhador atrasado para o dia
É o humano que até então se julgava esquecido...
E foi a violência que violou o sinal
Da rotina insistiva do mercado
De corpos,peças e amores.
É vermelho e não a poesia nesse canto
Rasgado de terra concreta
Ela que se mantem sóbria
Sombreia o peito calado
E a pupila dilatada diante
Da resposta dos dias
Que ninguem perguntara e jamais imaginava...
Mas estava sendo contado.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Lua Fêmea.
Não sou flores.
Não digas o avesso! não pense perfume!
Sou seio e água sálubre
fruta carnudo de lábio
Caule fincado no concreto
Fogo azulado de ser.
Se seiva corte ralo
Sou poço negro do gozo
E se rasa sou sua água
É que pinto o contorno do nome,
Fingindo de abraço o rasgo que a Vida fez
Se me mentes, nunca há voz de ecoar
E se me falta a faltas o dito
A minha grita folha-verde
No impulso das mãos de arco
...
É nos olhos risca-ruga
Que opto por ser:
Mulher, ao invés
de vaso vazio esperando ser cheia.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
A TRILOGIA DO RISO!
Primeiro Riso-I
Três dentinhos na frente..
Com uma janelinha de ver nuvem.
Na goela se pendurou um sino.
Que gargalha a chamar a vaquinha que rumina.
NA gengiva vermelha.
Sete notas, de Dó chama a si.
Ré moeu no sustenido para LÀ fazer um passivo passinho de passarinho de ca para lá duplo.
E MI im se debruçou aberta nú(m) cantinho do SOL
Fá...zen o que da nota de equilíbrio?
Os lábios racham.
Ao se abrirem.
De um musical escuro.
E mudo...mudo.
Mas de mudo o mundo se abre.
E já nem mais janela segura.
Acima.
A “comple nitude” do sorriso.
E um vestígio de choro de placenta.
Vinte e três dentes.
Retos, formam uma estrada bucal.
Lustrosos.
Abertas um dia, e esquecida de se fechar.
No rosto um largo rasgo.
Brota dentes de rodas a r rotas e direções.
Pintou alguns brancos.
Cera e pasta escorregam.
A linha invisível ,costurou lábio com lábio.
Hálito semi virginal.
Com um traço fino de palito e nylon.
Um pingo de chuva tinta.
Caiu nos olhos raso.
E aberta se arrastou,expansão cortando em uma queda.
Estrondo e tilintar de autos.
Quebra.
Silencio.
Sozinho.
Descobriu o eco do verbo.
Que sorria alto de fato.
Aberto, passional, inundado e claro.
Ultimo Riso-III
Duras pérolas.
Terra e sol.
De por já se foi.
Mar arrebenta de caos.
Finas bocarras.
...Não flutuam nessa água(não mais)
Afundam sem se aprofundar.
Fadiga na saliva.
- Que pinga agridoce!
Que dedos assados.
Traços...tratados calos cacos marcados.
Eca! “trololó.”
Amargo.
A espuma ainda jorra.
Na mesma e idosa margem.
Arrebentada.
O gosto insiste.
Persiste.. a permanência.
Aquele e esse.ali fala do qual?
De tudo igual.
Até essa imagem. espelho enferrujado.
Passou-se esponja de aço.
Na visão opaca.
Refletiu o som.
Eco de imagens.
Não vindas, ou vividas.
E a vida se reverte.
E de novo.. a pele enrugada desmaia.
No gozo primordial.
Esquece.
Desmaia.
Ama.Delira.
Dentro avesso e afora.
Então o riso de infinito.
Tres dentinhos, uma estrada e uma portinhola arreganhada para as estrelas.
Avesso.
Distorce. Eu me viro.
Em rigida figura
Ou no mercado mole e insinuante...
Porque o Mundo se contorce
E eu não me ajeito
Um sonhador viceja
O poeta boceja
A guerrilha se enfileira
Quando o mundo se contorce
O planeta o rejeita
-Mundo somos nós!
A palavra vagueia
O sonho esperneia
Pois o mundo se contorce
Tudo...veja. Em silêncio
Germina Broto desajeitado
E arrota enfadado a palavra dinheiro.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Silêncio.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Velhas Incognitas.
Se senta.
Sentamos.
E decidimos enfim nos mostrar,
Correndo das máscaras.
Abrimos nossos segredos como cartas seladas.
Depositamos para todas incógnitas um ponto final.
E o que se ouviu.
Foi um silêncio mudo.
Nada foi desvendado ou relevado.
Cada qual, ficou enfeitiçado
Com a beleza de seus próprios mistérios.
Creio.
Não presta o vocábulo
Nem suas virtudes em fileira
O amor meu bem não as quer!
Não mostre seu álbum de retrato
Nem seu espelho estimado
Nem sua coleira;
Nem sua cólera.
O amor brilha quando bate sol na saliva
E basta!
Ioga.
Filha.
Sou ascedente em água
Enquanto meu corpo flameja, questiono.
O cromo da minha alma
Que transborda na cheia
que só a lua viceja.
Plácida como a menina
que eu jamais flui.
Porque sou da terra
aquela morena lânguida sempre grávida
Que se abre e se desmancha
na lama e na enxurrada
Toda terra avermelhada
Onde as raizes se intrincam
E brotam como um sol submerso
De verde e caos.
O dia.
E eu coloquei minha flor nos cabelos... pintei um sorriso e fiz um mantra da constancia.
Pensei em gangorras... estava desenvolvendo um pensamento sobre ser talvez...a fixa base ou o gostoso balançar.Não cheguei a conclusões.
Logo...mil poesias sombrearam meu ser. Digo meu ser... pois não sei onde guardo as poesias.Não sou boa em guardar coisas... só tenho a intuição de onde esteja... de onde esteja meu corpo... de onde esteja minha Alma... só intuo o que sou. Ainda que as vezes sinta meus dedos dos pés até meus cabelos...inteiramente Vida.Isso ocorre...e isso para mim é Alegria. Talvez eu tenha a necessidade de pontuar e linearizar... e nem sei que tenho essa mania. Se a tiver... tenho muito o que aprender. Pois o caos balança a frente e atraz...enquanto meus pés esbarram no chão... Gosto de gangorras.Devo ter visto alguma imagem quando criança...dela em cima de um desenho da Terra.Deve ser isso...
Amanheceu.
E o mundo se dissolveu... por entre os prédios, as buzinas a corrida...caminho assim...na janela.Vendo...como se meus olhos tivessem fome.Vou rezar para que a lua nunca mingue... e seja cheia eu e ela e a devore... não como esfinge mas como indigena selvagem...que come por fome... que come para ser.Meu peito que tem lá seus ares de dramático anda em climax com o seu favorito genero.Meio morrendo.
...
Meio morrendo resolvo escrever aqui a primeira mensagem.
Pobre.
Como esse dia que amanheceu.
Sem poesia.
Vai indo...