quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Verso hermético 34.

 Amanheci amamentando

Animal de alma estirado ao sol

Busquei o tempo desse ano

E uma névoa clara prevaleceu

Umidade amorosa e disforme

De tantos para sempre e nunca mais

Me sobrou o agora

Recordo vagamente de promessas

Amores e amigos passados...

Retorno ao presente

Preenchida de uma simplicidade desconhecida

Sem grande exacerbação

Retomo meu passo

Por vezes cansado

Limpo.

Escondo meus escombros

Preciso da linha reta

Agora guio,

Hoje cavuco meus desejos

Levemente desgastados perante a rotina

Limpo e vejo o que de real existe nisso,

Preocupação sincera...

Me vejo honesta.