sexta-feira, 27 de abril de 2018

E sorrio.


Porque o que eu gosto mesmo é do rimel borrado sem vergonha, e aquela trágica careta grega dos lábios retorcidos que a pouco sorriam exuberantes, e em breve retornarão, porque é de intensidades que se debatem meus dias. 

Eu gosto mesmo é da falta de vergonha de sofrer, do drama descarado, da tequila derramada languida de amar as flores e o chão, eu sou adepta das paixões e dos arrebates do peito que vibra e sente, e se afunda e se ergue, e ama sem destreza, nua, desperta, com o peito em rubro e em fogo, em águas derramadas em abundancia.


Que se exploda a leveza cobrada.



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