quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Noite

Ao lado da cadencia das estrelas
reside um astro de cratera
tão profundo que em suas veias
cabe a poesia mais gélida
Entre órbitas e dizeres
dormita a sombra humana
supondo-a preterida 
se faz ecoada em silêncio
semi gente
almático
um desgosto ao astro rei
que vibra em explicito dizer
ela que em mansa voz
aumenta as marés
e rebaixa o plantio
e relega as certezas
ao seu devido espaço
tão frágil como se supõe a vida
Um manto implicito 
Azul prussio
digno de mares
e do rastro feminino
que se encolhe as ordens
e se deleita no pincipio vital.

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