quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Hoje.

Eu quero meu corpo forte
Meus pés grossos
No cascalho, no carvalho e na areia
A robustez permanente de um nervo exposto
Rígido na geada, no solo e no Sol
O apontamento certeiro de uma flecha
A cada passo
Sem rastro
Firme.
Pesado
Com a exatidão cristalina do presente
Sem suposição
Reto,
Aposto
Pronto,
Para a trilha
Para a vida
E para as mãos soltas
Balançando em equilibrio perfeito
Ao lado do corpo sadio,
A poesia só rima com o dia
E a noite estrela outra canção
Só sua
Sem intervenção.
O seio farto
O coração soberbo de momentos findos
Sem sombras
Sem máculas
Mal repousando o adeus
E já partindo.

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