segunda-feira, 22 de abril de 2013

Nenúfar.

Me encontraste assim nua, no tempo da palavra crua, onde as nuvens pousavam ainda seu existir de água clara, bruma branca, filha de paloma, nesse espaço onde tudo me parecia Ser um plenamente Tua. Me acertaste com concreto em flecha, sua palavra de tom suave e apontamento ao que me feri os olhos baixos, menina tímida e arisca acostumada a estar lânguida pelos regaços de si mesma, deixando a espessura exata do teu sorriso para atravessar as pontes dos corpos.

Tempo;
Temo que passaste depressa nesses anos dos meus olhares, que agora são tão calados.

Me reencontraste um pouco mais mulher, no tempo polido de estar, um tanto mais paupavel, nuvens desaguada desencontrada ainda entre os ares e a terra, desconfortável com meus seios e o peso dos passos por outros almejado. Me reencontraste trazendo no seu tom, meu canto de Alegria e liberdade e o gozo de flor madura tem por destino virar fruta, doce e não travada entre as línguas que ferem, por citar aos ouvidos a existência de outras e a resposta rouca da desistência. Ela deveria alimentar.

Alma;
Almejaste o oposto para ambos, era o tempo do eterno que embalava os meus cantos.

Me reencontraras amanhã, creio que em tempo rígido de certezas, me reencontraras e desviara os olhos para si, descontente do passado e do presente que me cabe. Anseio-me entregue aos sons do espaço, e madura agora fruta caída em sementes entregue também as nossas águas que fluirão. Um.



http://www.youtube.com/watch?v=-_Y2jfK06pY


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