terça-feira, 23 de abril de 2013

Eu.


Recuso a loucura a um passo de mim
Cedo sua dança a minha sombra
E corro para o espaço que
Encerra-se o Sol
Sal de mim empurra-me para ti
Contraste do desejo e paz,
E da minha fúria pelo próprio rodopio
Falho, do meu coração.
Recuso a loucura a dois passos de mim
Como quem atravessa para si
As mãos em direção aos cabelos
E se acaricia na noite,
E no ventre apoia sua força
Cheia de saliva e solidão.
Reabro-me então,
Constelação rarefeita de soluços
E estrelas que caminham a cadência
E a boca que soletra um pedido...
Pureza;
Reclama o corpo e clama
Por uma direção aos poros
Mais claros aos lábios mais
Entrelaçados em silêncio...
O corpo que pedi por certo gemi
E desapega das certezas
E dos limites do que é carnal
Chama de Adeus seu riso
E engoli as partes acidas do seu coração.
Quer renascer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário