quinta-feira, 26 de julho de 2012

Amo.

"...Se não falar em nada
e disser simplesmente tralalá... Que importa?
Todos os poemas são de amor!"
(Mario Quintana)
Amo doçura furtiva
dor ficticia
Arte inventiva.
Amo desejo eriçado
palava ambígua
e bocas alinhadas.
Amo perfumes derramados
terra molhada
Alma espalmada.
Amo irmão
mar agitado
Poesia cantada.
Amo revolução
Distração delongada
Sinceridade ampliada.
Amo profusão
Carinho desarmado
Cabelo desarrumado.
Amo penetração
Homem integrado
Verdade libertada.
Amo movimentação
e o anseio de parar
a escolha expurgada.
Amo coloração
O forte e a força
O rijo e o inquebado.
Amo o transcendente
O além o espaço
As estrelas e seu pó.
Amo solidão
Morango açucarado
olhos desencontrados.
Amo a canção
E as Mulheres fortes
Na ternura encorajada.
Amo o riso
E a lágrima e o soluço
Amo a pele e o oposto
Amo o interno e o tato
Amo o acorde e a métrica
Amo a desordem e o excesso
Amo as raizes e as asas
Amo aquilo que não sou
e o que sou
Amo o que não vi
mais cabe em mim
Amo o que não serve
e me prolonga.
Amo pupilas dilatadas
E as entrelinhas do nosso dito
Amo a constancia e a sua diversidade
Amo muito mais do que digo,
Amo mais do que sei
Amo cada parte minha que senti...
Amo cada pedaço do que amo e amo inteiramente também.





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