terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Homem de meia idade.

Poucas coisas tem me cansado tanto quando o homem de meio idade cheio de certezas, aquele que dá carteirada do tempo para suplantar sua ignorância e o faz pedindo o silêncio respeitoso, como se a ele fosse dado pela vida o caminho da sabedoria, mas bem sei que não.
Aquele tipo que cresce subjulgando as mulheres, que arrota brutas verdades a torto e a direita, mas nunca brota de si uma auto critica. Aquele tipo bem gasto de ofertar culpa para todos, menos para si, que faz piada sem graça e se molha de rir. Cheio de teias preconceituosas, de certezas fingidas de boa vontade que na verdade só estampam sua pobreza de coragem.
Ele sabe o que é Deus, o Amor, e a Verdade, sem pestanejar. SAbe o que é melhor para todos, menos o que é util para ele ter uma vida mais cheia de proposito que lhe traria uma capacidade real de cuidar dos seus próprios dias. Enquanto isso, vive rigido, carapaça morbida que estrala na primeira lágrima verdadeira que um dia, espero cair.

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