A poesia não pagara a conta
estendera seus dedos pela mesa
e comera sem cerimonia
todos nossos mais audaciosos pensamentos
e arrancara sem educação
a trinca engasgada da palavra
e ira debulhar os olhos
e se embebedar de águas profundas
sem pedir
Ela não lavara os pratos
não limpara o chão
Não lhe dara um emprego
Nem saberá responder sobre a equação
estendida nesse cardapio infinito
e sem sentido de viver
A poesia é rainha miserável
Mal sustenta sua cadeira
sempre a beira do abismo
mas, não se sujeita
não decai
é sempre ela
a dona da motriz
que faz o mundo girar
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