quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Das coisas.

Eu encontrei uma pedra no meu caminho
e ao piscar era um monte
mais ingreme que as paredes de lá
Se nas mãos houvesse apenas flores para carregar
Subiria e teria a vista de quem vê do alto o espaço
Dos passaros e de longe
imaginaria com desdem as ancoras
Mas, alem de flores haviam flechas
e uma longa mala nas mãos
Os pés já cansados,
e nenhum lugar para repousar...
A boca enchia de água
até mais que os olhos
ao pensar que poderia descansar
sonhar com redes
e plantios
Mas, sonhar inflava sem alimentar
Era apenas um pequeno trecho
onde tudo era quente e sadio
e depois deserto e cactos.

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