quinta-feira, 24 de março de 2016

Sobre nossa incapacidade de ser neutros.

Meu corpo ocupa esse espaço
Limite concreto de ossos
ar, sonhos, razão e alem

Deitado supondo-me inerte
Massa aportada no concreto,
Ainda, sim: sou
Respiro,
E nada em mim foge
da realidade de estar viva.
Assim como,
ao gritar em aberto pulmão
ao dançar em célere passos

Vivo, efêmera, mas criadora
Ninguém responde por mim
da carga ambígua e bela
de viver
ninguem me tira o recinto,
do corpo que vivo.

Meu encargo pensante
não é neutro,
Impossivel ser,
Existem bandeiras.
Existem Partidos,
Existem idéias
E existem posições.
E existe esse meu corpo
que pensa, senti e defende
seu lado.
(ainda que ele possa reverter)

Reverter também é existir,
- Me nego ser poupada.


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