domingo, 21 de outubro de 2012

26. (Verso Hermético III)

Eu tenho o espaço do meu corpo
e a extensão da minha Alma toca meus olhos
o Sol nasceu e se rescolheu por várias horas.
Eu era e sou e deixo de ser ainda que sendo
o Amor não passou
as certezas só me avistaram de longe
eu planejei e naufraguei rente ao castelo na beira mar
Eu conheci peixes multicoloridos em mim
eu cantei bêbada e sã
Eu abracei com tudo de belo  que havia em mim
E a gratidão vem ganhando um espaço leve em meus horizontes.
Eu fui planta mau digerida
travando de amargo meus lábios e beijos,
e de repente fruta madura
amora preta, água de hortelã...
Eu desisti, eu me revi
eu aprendi a fingir esquecer...
Eu coloquei milhares em minhas costas
eu me fortaleci
e depois me dissolvi águada menina
pelas beiradas do meu desespero...
depois fui renascendo planta sádia e selvagem novamente
eu desisti de ser só serena
eu aprendi que não sou vento
mas minha Alma voltou a ventar por ai...
Eu queimo e deliro porque é da minha semente ser
Eu peço e arranco aquilo que é vermelho em mim;
Eu aceitei que não serei louca por isso.
As pessoas que Amo cada dia estão mais belas
e a imperfeição já não me assusta.


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