quinta-feira, 21 de outubro de 2010

24.( outra hermética)

Vinte e quatro horas se passam
um dia se acaba
chega a noite que dorme,
amanhece.
Vinte e quatro vezes de trezentos e sessenta e cinco
mais uns miléssimos
Mais uns centimetros
E outros tantos não medidos.
Meus olhos por vinte e quatro anos se abrem
Cada vôo que passa... o céu muda
Novos passaros...
outros mancos.
Vão surgindo na minha estrada.
Eu era pequena...
tinha menos que uma palma para acenar
Escrevia na parede minha furia
beijava os papéis de carta
Lambia todas as frutas
Estiletava em balbucios minhas observações
E vem o tempo...
Fingi saber o que fazer...
Acredito nele...
As vezes não.
Variantes de caminhos
ultrapassam meu pensar.
Ouço um tempo...
De sangue, sangue, carne e socos
em outro
ecoa...
Plumas oniricas de um mundo estelar.
Vem o tempo...
Joga sua música
troca o passo quando quer...
Só para fazer graça...
De graça é que não fica...
Foram vinte e quatro pós o parto...
E o Sol há de se assumir.

3 comentários:

  1. Sim, sim minha amada amiga! O sol a de se assumir!
    Beijos doces! Amo você!

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  2. http://www.youtube.com/watch?v=17u8y9AnUvw

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  3. E o tempo passa... ah o tempo
    Sem o tempo, ou com o tempo?
    A linha segue como puro ato
    Primeiro motor imóvel,
    Cheio de movimento em seu repouso eterno...

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