sábado, 5 de junho de 2010

No hospital...

Um cubículo frio...
E lá uma historia
que por falta do que fazer...criei
como se a mim fosse possivel
ver os ângulos e as entre linhas das suas rugas
E no seu gemido agonizante
pensei na palavra desejada
que não sera dita.
Esse silêncio faz mais sentido que o silêncio
que em minha garganta tenho
Ele de boca aberta fica
como um animal assumindo o que é
o que somos...
E no corpo que se entrega a nova carapaça de semente
esse mosaico que estranho ainda que seja também eu.
Eu vi.
Porque só era possivel ver...
Estar de olhos abertos
enquanto outro fecha
E o filho chora
E ora.
E de repente Deus assume seu lugar...sem duvidas
E a alma renasce no pensamento
Agora em que tudo acaba
O que te resta?
Não importa....
Nada importa mais.
Enquanto a ultima respiração se esforça
para tocar a areiae trazer água pra o sedento
O enfermeiro abre a cortina
Resmunga.
E como mágica...
Despi toda a espiritualidade de sentindo novamente.

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