terça-feira, 6 de outubro de 2009

A realidade bateu em minha porta e eu abri. Senhoras e senhores:

Passou por entre o vão dos meus dedos a fome arredia sufocando seu coral humano.
E nos cilios grudaram a faca, a foice e o trevo
No buraco clareado o feixe embaçado de suor
Arrepiou a nuca a sólida pupila da morte
E sussurra em brisa um choro de nascimento...
Nasce o sol.
Nasce o sonho.
O sal e o solo,
que brota como criança
e dança...uma dança
que ainda... não sei ao certo como devorar.

2 comentários:

  1. A realidade bateu em minha porta e eu reagi.

    Senhoras e senhores:
    Não me venha com uma violência fundada num conceito! Se um dia violento fores que seja por impulso, por descarga de energia... e que seja uma violência diferente. Não bata, nem agrida um corpo qualquer que exista na face dessa terra, mas sim grite, se esperneie. Torne esse movimento que é constante no planeta uma obra de arte neo-expressionista com toques românticos.

    O que tantos hoje chamam de paz me é apresentada como violência conceitual. É a realidade que bate na porta e as pessoas a convidam para entrar e tomar um cervejinha assistindo televisão. É a paz violentamente delimitada. Assim, quando a realidade bater em sua porta desejo que reaja, sem nenhum arranhão em qualquer ser vivo, mas sim com uma descarga de energia que modificará, ou trará para todos, a raiz fundamental da idéia de paz e violência.

    Rari nantes in gurgite vasto.

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